Quem observa o cenário de terras ingremes e leitos de rios pedregosos não imagina que a Chapada Diamantina não existia; onde hoje é o sertão, outrora o mar reinava soberano. Há mais ou menos um bilhão e meio de anos, o oceano cobria essa área que era um mar raso, onde desaguavam rios torrenciais, vindos de outras grandes montanhas antes que um choque de placas tectônicas criasse as profundas fissuras e depressões encontradas atualmente. Assim iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, onde rios, ventos e mares desempenharam o pael dos agentes modificdores daquela paisagem. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados e calcários, hoje expostos na Chapada Diamantina, representam as atividades destes agentes ao longo do tempo geológico.![]() |
| Garimpo |
A Chapada é resultado de uma inversão do relevo. Os rios escavaram seus vales profundos e através destas gargantas que se tem acesso ao planalto. Revolvendo o cascalho do leito destes rios encachoeirados, garimpeiros extraíram no século XVIII, muitas arroubas de ouro, especialmente na Bacia do Rio de Contas e, no século seguinte, grandes quantidades de diamantes e carbonatos nas nascentes do Paraguaçu.
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| Morro do Camelo |
A Chapada Diamantina faz parte do sistema orográfico da Serra da Mantiqueira que, em território baiano, desdobra-se em duas outras formações, A Serra do Espinhaço e a da Mangabeira. As serras da Chapada são as divisoras de água entre a bacia do rio São Francisco e os rios que desaguam diretamanete no Oceano Atlântico, como o Rio de Contas e o Paraguaçu.
O perfil das serras acabou ganhando formas curiosas com o passar do tempo e da ação dos agentes modificadores, como a Serra do Navio, os Três Morros, Três Irmãos, o Morro do Casteo, do Camelo, do Chapéu, do Barbado, o Pico das Almas entre outros.


