Tudo bem pessoal? A viagem pedagógica à Chapada Diamantina foi ótima, por isso resolvemos criar esse blog pra deixá-los informados de tudo que aconteceu, além de descobrir algumas curiosidades sobre nossa viagem e as cidades visitadas.

Aproveitem ao Máximo - 1º Ano "B"

Alline Arroxelas, Beatriz Gameleria, Felipe Bida, Jarbas Gabriel, Luanna Ávila, Lucas Oliveira, Paulo Sérgio, Túlio Xavier, Vítor Nogueira.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nosso Roteiro 3

3º Dia | Gruta da Lapa Doce, Fazenda Pratinha

Depois de visitar um fantástico cenário que ao longo dos séculos é esculpido pela natureza, que é a Gruta da Lapa Doce com suas incríveis e curiosas estalactites de diferentes formas fomos para a Pratinha, lá mal tínhamos chegado e já demos de cara ainda dentro do ônibus com turistas de diversas partes do mundo.
            Quando chegamos a Pratinha, fomos imediatamente orientados pelos responsáveis do local tudo o que podíamos ver naquele lugar como Trilhas, Cavernas, Rios entre outros.
            Muitos dos alunos tiveram uma experiência de fazer um mergulho à luz de lanternas pela caverna inundada da Pratinha, onde o seu solo no fundo se agitado, espalhava uma matéria orgânica que deixava a água muito turva, e com isso fazendo com que nós tivéssemos que tomar cuidado para aproveitar o máximo possível. Foi nos dado coletes, mascaras e pés-de-pato para entrar na caverna inundada, logo após fomos guiados para dentro da caverna aonde vimos um salão de 20 metros de profundidade.
            Após o mergulho na caverna inundada da Pratinha, tivemos a oportunidade de nos comunicar com os turistas que estavam por lá, eles eram de todos os lugares, como da Alemanha, Estados Unidos, Holanda, Canadá entre outros.
            Estávamos prontos para depois seguir diretamente para o morro do Pai Inácio, mas nos demos conta que o horário não nos permitia mais, pois o morro só era aberto até as 5 horas da tarde e já eram 04h50min quando estávamos indo, mas não era isso que ia nos desanimar.
            Fomos depois da Pratinha para o Hotel de Lençóis para nos arrumar para a surpresa que iria ser preparada para nós logo mais a noite.
            Às 8 horas da noite fomos todos chamados para ir para uma boate local, onde uma festa de arromba nos aguardava, passamos a noite toda dançando e nos divertindo com os nossos companheiros até que retornamos para o Hotel porque de manhã tínhamos que ir para Maceió reencontrar a nossa Família e voltar as atividades normais depois de inesquecíveis 4 dias de viagem em plena Chapa Diamantina.

Nosso Roteiro 2.2

2º Dia | Poço Azul, Morro do Pai Inácio

            Depois de uma longa viagem da cidade de Mucugê, onde tivemos grandes atrações para visitar como a Cachoeira do Tirbutino, o Projeto Sempre Viva e o Museu do Garimpo, fomos visitar o ponto turístico que para a grande maioria de nós foi o melhor lugar que nós visitamos em toda a Chapada, não só pela característica que não se encontra em lugar nenhum no planeta, mas pelo conhecimento que ele nos passa de saber o que a natureza é capaz de proporcionar para seu filhos.
            Professores, alunos e todos os visitantes queriam ver aquele lugar raro de se ver diariamente. Já em sua entrada sentimos a sensação de que ali o homem não podia modificar nada, que a natureza vivia ali, as enormes Colméias de Abelha nos faziam manter um soberano silêncio no meio de tanta alegria e emoção em estar visitando aquele lugar.
            Quando chegamos lá, não estávamos acreditando que exista algo como aquilo, um salão de 40 metros de altura com 61 metros de profundidade, onde através de uma fenda o Sol fazia um raio de luz refletir sobre água e nos possibilitar avistar o fundo do Poço como nunca. Isso tudo, pois as águas do poço são renovadas a cada duas horas, sem a presença de materiais orgânicos em suspensão, além da grande quantidade de calcário presente nessa caverna. Foi uma das melhores experiências turísticas vividas por todos nós naquele paraíso.
            Logo após a nossa visitação ao Poço Azul, chegamos à cidade histórica de Lençóis, que em uma noite de raro esplendor parecia que estava a nossa espera, com lugares sem igual e uma arquitetura Barroca que os nossos olhos pareciam não acreditar. Suas ruas feitas de pequenos pedaços de pedras retiradas da própria Chapada Diamantina encantavam a todos nós pela sua simplicidade e utilidade que representava para a cidade, e nessas mesmas ruas podíamos ainda perceber as marcas dos Bondinhos que ali um dia já trafegaram.
            Depois de notar as belezas de uma cidade fundada pelos Garimpeiros que há décadas atrás vivam dos diamantes retirados da Chapada Diamantina, fomos aproveitar um pouco a linda noite em uma Pizzaria Italiana e a seguinte fomos para o Hotel de Lençóis nos instalar para descansar, porque tínhamos que nos preparar para as novas emoções que nos aguardavam mais tarde.

Nosso Roteiro 2.1

2º Dia | Projeto Sempre Viva, Museu do Garimpo

            Depois de uma boa noite de sono, pudemos recarregar nossas energias, após termos tomado o café da manhã, a partir daí demos inicio ao nosso projeto de estudo. Dirigindo-nos ao Projeto Sempre Viva tivermos a oportunidade de ver a inusitada Pedra do Camelo, o Rio Mucugê, além de uma vista panorâmica da cidade de Andaraí.
            Quando descemos do ônibus notamos que o clima se alterara de forma branda, estava mais frio, estávamos naquele momento, na entrada do projeto Sempre Viva a uma altitude de mais de mil metros, por isso era comum ouvir as pessoas reclamando do frio e da pressão exercida pelo ambiente nos ouvidos.
            Após uma breve caminhada, chegamos ao Projeto Sempre Viva, laboratório botânico que estuda a preservação da planta Sempre Viva, onde o passeio é bem tranqüilo e informativo, juntando ensinamentos de preservação e responsabilidade junto à natureza é bem instrutivo. Lá fomos recebidos com uma palestra, que falava um pouco do projeto, desde sua criação, objetivos, a exposição de plantas e sementes.
            Logo depois do fim da palestra fomos surpreendidos, teríamos que fazer uma trilha para um destino até então desconhecido por nós. Seria uma caminhada em volta de 25 minutos, durante o caminho tivemos a oportunidade de presenciar e tirar fotos e objetos e utensílios que foram usados por garimpeiros quando a atividade mineradora ainda prosperava. Além disso, tivermos um aperitivo, as Cachoeiras do Piabinha, que serviram de prévia ao que iria vir mais tarde.
            Águas negras, ricas em material orgânico, essas são algumas das características da Cachoeira do Tiburtino. Um lugar incrível, daqueles que tínhamos visto apenas pela televisão, onde a água cortava as pedras formando a cachoeira. Como o banho era permitido, ninguém titubeou, caímos na água, por sinal, gelada, muito gelada. Mas nada que tirasse nossa animação e aproveitar o máximo daquele momento.  
            Pena o banho tinha acabado, pegamos de volta a trilha que nos custou vinte e cinco minutos. Ao retornarmos ao Projeto Sempre Viva fizemos um lance e batemos em retirada, nosso destino era aquela hora seria outro  ponto turístico bem conhecido,  o Poço Azul.   

Nosso Roteiro 1

1º Dia | A viagem – Maceió à Andaraí

Com data já marcada, aumentava cada vez mais nossas expectativas em deixar Maceió. Olhando agora tenho a certeza de que valeu a pena acordar às quatro horas da manhã do dia dezesseis de setembro de 2010. Assim saímos em direção à região central do estado da Bahia, por um lado bem feliz, claro, estávamos indo à Chapada Diamantina, uma das regiões mais bonitas e faladas de nosso país, mas por outro lado estávamos inquietos, pois sabíamos que a viagem até nosso destino não seria rápida.
Ou o tempo não passava ou estávamos muito devagar, o dia já amanhecia e ainda estávamos na AL-101 Sul, próximo a praia do Francês. Resumindo, foram aproximadamente 16 horas de viagem com todas as paradas realizadas, em torno de 840 km percorridos, passamos pelo estado de Sergipe até chegarmos à Bahia. Às vinte horas e trinta minutos estávamos na cidade de Andaraí, indo em direção a pousada que pesaríamos a noite.   






Tipos de Vegetação

Mosaico que inclui caatinga com grande diversidade (abaixo de 1.000 m de altitude), cerrado, campos rupestres, e diferentes tipos de mata (da mais seca à mais úmida).
Acima de 1.000 m de altitude, onde existem mais afloramentos rochosos, predominam os campos rupestres (ligados a quartzitos); onde o solo é mais arenoso, predomina o cerrado (solo podzólico). As matas, predominantes nas encostas, são mais ligadas a granitos e gnaiss, e tornam-se mais úmidas à medida em que a altitude aumenta. As matas de caatinga são do tipo floresta estacional caducifólia, com muitas árvores espinhosas, especialmente dos gêneros Acacia e Mimosa, e abundância de Cactácea e Bromeliácea. Algumas espécies são marcantes na fisionomia da vegetação, como o umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) e o juazeiro (Zizyphus joazeiro Mart.). Porém, existe uma diversidade muito grande na flora, e muitos gêneros e espécies endêmicos.
A caatinga ocupa grande extensão da ecorregião, em altitudes de até 1.000 m, onde se entremeia com os cerrados de altitude. A caatinga também predomina para o norte, nos vales do rio de Furnas, rio de Contas e rio Paraguaçu, assim como na parte mais a oeste das serras, onde a altura cria uma barreira impedindo a passagem das chuvas.

A formação dos Diamantes

O diamante é uma forma alotrópica do carbono, de fórmula química C.
Cristaliza no sistema cúbico, geralmente em cristais com forma octaédrica (8 faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces), frequêntemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou coradas.
O carbono é um elemento que existe em abundância na Terra. Os diamantes são produzidos a partir de carbono originário do manto terrestre e de carbono orgânico proveniente de corpos e conchas de microrganismos e algas. Este carbono foi depositado no solo e posteriormente enterrado em rochas que acabaram por ser enterradas e arrastadas para profundidades cada vez maiores através dos movimentos da crosta terrestre.
            A formação do diamante dá-se na presença de condições específicas. Em grandes profundidades, existe uma pressão e temperatura extremamente elevadas. Em locais situados entre 140 a 190 quilômetros de profundidades, em que as temperaturas rondam os 1100ºC e os 1400ºC temos as condições perfeitas para a formação de diamantes. É um processo demorado, que pode levar milhões de anos.
Durante este período de formação podem existir outros elementos que ao serem incluídos no diamante lhe conferem uma coloração específica. Existem diamantes translúcidos, amarelos, azuis e até mesmo cor-de-rosa, dependendo do elemento que está incluído no diamante. E nem todos os pontos da Terra são favoráveis à produção de diamantes visto as condições de pressão e temperatura variarem em toda a crosta.
 Outra fonte de produção de diamantes é o local de impacto de um meteoro. As altas temperaturas associadas a uma enorme pressão provocam a formação de micro diamantes. Estes diamantes são utilizados em estudos geológicos para determinar pontos de impacto de meteoros no passado através da sua presença em determinados pontos.





História do Garimpo na Chapada Diamantina

Uma pedra encontrada por mineradores, em 1714, no garimpo de ouro em Serra Fina – MG é a mais antiga citação sobre o diamante no Brasil. O ciclo do diamante teve seu inicio e apogeu em Minas Gerais, caindo e reacendendo na Bahia ente 1844 e 1871. A riqueza dessa exploração ajudou Portugal a participar do processo de Revolução Industrial Inglesa no século XX. O Brasil pouco se beneficiou.
Acredita-se que em 1839 um explorador encontrou diamantes na região de Tamanduá (Chapada Velha) e que após essa descoberta sucederam-se novas descobertas uma das em 1842, na região da Serra das Aroeiras (Chapada Velha).
A principal hipótese em que a historia oficial se apóia é que em 1844, Cristiano Nascimento, ao lavar as mãos no riacho Mucugê achou diamantes. Entusiasmado, ele logo juntou varias amigos e parentes para fazer uma expedição de exploração ao garimpo. Eles pegaram em cerca de dois meses uma boa quantidade de diamantes, mas, precisando de mantimentos, Cristiano, envia seu melhor amigo, Paulo Ferreiro à Chapada Velha para ele vender uma parte do tesouro e comprar mantimentos. Ao tentar vender as jóias, Paulo acaba sendo preso, acusado de roubar algum comprador, já que eram peças de muita pureza. Para se livrar da prisão, Paulo foi obrigado a falar a verdadeira origem dos diamantes.
Em pouco tempo a notícia se espalhou e cerca de 25 mil pessoas (garimpeiros, aventureiros, etc.) migraram para a região da Chapada Velha aglomerando-se em povoados que mais tarde dariam origem a municípios como: Mucugê, Andaraí, Lençóis, etc. A região da Chapada Velha, que antes era quase despovoada se transformou na Chapada Diamantina e com milhares de pessoas interessadas no garimpo.
O ciclo do diamante na Bahia durou cerca de 27 anos, tendo o seu declínio em meados de 1867, quando enormes jazidas foram encontradas na África do Sul. O preço do diamante caiu, e a hegemonia brasileira nesse mercado ficou comprometida.
Não demorou muito, no entanto, para que a Chapada se apegasse ao carbonado, mineral resistente ao calor e valorizado pela indústria européia e norte-americana de então.
Para não fugir à tradição local (e nacional), os lucros desse extrativismo também não se reverteram em benefícios permanentes, e, no começo do século 20, a produção do carbonado caiu, levando muitos trabalhadores a emigrarem dali.
Um último respiro minerador significativo ocorreu na década de 1980: com minas mecanizadas, foram garimpados diamantes antes inacessíveis.
Hoje, há esparsas tentativas de explorar alguma coisa. Não é raro encontrar moradores com terras generosas --segundo o Ibama, apenas 12% dos diamantes da Chapada Diamantina foram explorados. Mas são moradores que se dizem resignados com a lei: juram que deixarão desacordado o potencial do seu quintal.