Tudo bem pessoal? A viagem pedagógica à Chapada Diamantina foi ótima, por isso resolvemos criar esse blog pra deixá-los informados de tudo que aconteceu, além de descobrir algumas curiosidades sobre nossa viagem e as cidades visitadas.

Aproveitem ao Máximo - 1º Ano "B"

Alline Arroxelas, Beatriz Gameleria, Felipe Bida, Jarbas Gabriel, Luanna Ávila, Lucas Oliveira, Paulo Sérgio, Túlio Xavier, Vítor Nogueira.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

História do Garimpo na Chapada Diamantina

Uma pedra encontrada por mineradores, em 1714, no garimpo de ouro em Serra Fina – MG é a mais antiga citação sobre o diamante no Brasil. O ciclo do diamante teve seu inicio e apogeu em Minas Gerais, caindo e reacendendo na Bahia ente 1844 e 1871. A riqueza dessa exploração ajudou Portugal a participar do processo de Revolução Industrial Inglesa no século XX. O Brasil pouco se beneficiou.
Acredita-se que em 1839 um explorador encontrou diamantes na região de Tamanduá (Chapada Velha) e que após essa descoberta sucederam-se novas descobertas uma das em 1842, na região da Serra das Aroeiras (Chapada Velha).
A principal hipótese em que a historia oficial se apóia é que em 1844, Cristiano Nascimento, ao lavar as mãos no riacho Mucugê achou diamantes. Entusiasmado, ele logo juntou varias amigos e parentes para fazer uma expedição de exploração ao garimpo. Eles pegaram em cerca de dois meses uma boa quantidade de diamantes, mas, precisando de mantimentos, Cristiano, envia seu melhor amigo, Paulo Ferreiro à Chapada Velha para ele vender uma parte do tesouro e comprar mantimentos. Ao tentar vender as jóias, Paulo acaba sendo preso, acusado de roubar algum comprador, já que eram peças de muita pureza. Para se livrar da prisão, Paulo foi obrigado a falar a verdadeira origem dos diamantes.
Em pouco tempo a notícia se espalhou e cerca de 25 mil pessoas (garimpeiros, aventureiros, etc.) migraram para a região da Chapada Velha aglomerando-se em povoados que mais tarde dariam origem a municípios como: Mucugê, Andaraí, Lençóis, etc. A região da Chapada Velha, que antes era quase despovoada se transformou na Chapada Diamantina e com milhares de pessoas interessadas no garimpo.
O ciclo do diamante na Bahia durou cerca de 27 anos, tendo o seu declínio em meados de 1867, quando enormes jazidas foram encontradas na África do Sul. O preço do diamante caiu, e a hegemonia brasileira nesse mercado ficou comprometida.
Não demorou muito, no entanto, para que a Chapada se apegasse ao carbonado, mineral resistente ao calor e valorizado pela indústria européia e norte-americana de então.
Para não fugir à tradição local (e nacional), os lucros desse extrativismo também não se reverteram em benefícios permanentes, e, no começo do século 20, a produção do carbonado caiu, levando muitos trabalhadores a emigrarem dali.
Um último respiro minerador significativo ocorreu na década de 1980: com minas mecanizadas, foram garimpados diamantes antes inacessíveis.
Hoje, há esparsas tentativas de explorar alguma coisa. Não é raro encontrar moradores com terras generosas --segundo o Ibama, apenas 12% dos diamantes da Chapada Diamantina foram explorados. Mas são moradores que se dizem resignados com a lei: juram que deixarão desacordado o potencial do seu quintal.


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